Antifraude para e-commerce: por que investir?

Publicado em 21/09/23 | Atualizado em 21/09/23 Leitura: 15 minutos

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Antifraude para e-commerce: por que investir?

Antifraude para e-commerce: por que investir?

Desde 2020, o comércio eletrônico tem registrado um crescimento acelerado. No ano marcado pela pandemia, o setor demonstrou um salto de 73,88% em relação ao ano anterior. Com cada vez mais pessoas aderindo à compra digital, aumentaram também os casos envolvendo golpes conhecidos, como o phishing e a autofraude. Buscando maneiras de impedir a ação criminosa, a indústria recorre aos mecanismos antifraude para e-commerce, especialmente em épocas movimentadas como a Black Friday.

Mas o que esses sistemas podem oferecer para mitigar o risco em fraudes direcionadas para esse modelo de negócio? É sobre isso que vamos falar nesse post. 

Saiba quais são as táticas mais comuns, os indicadores de risco nas operações e como a nossa solução antifraude para e-commerce, desenvolvida em parceria com a Neoway, pode ajudar o seu negócio a vender com segurança.

Fraudes no e-commerce

Segundo uma pesquisa realizada pela Opinion Box, o principal fluxo de entrada dos consumidores no universo das compras digitais ocorreu entre dois e cinco anos atrás. 

Fatores como preços mais baixos, praticidade para adquirir produtos sem sair de casa, promoções exclusivas e facilidade para comparar valores, foram algumas das características que convenceram os brasileiros a aderir a esse modelo de consumo.

Mas assim como no PIX, o que atrai os usuários a utilizarem esse sistema é o que também vai chamar a atenção dos fraudadores. A praticidade surge como uma via de mão dupla entre uma comodidade para o consumidor e um recurso para os criminosos. 

E nesse ritmo, o número de fraudes no e-commerce vai crescendo. Para 2023, espera-se que o prejuízo global neste setor ultrapasse US$200 bilhões

Uma data que costuma agravar o risco e exigir ainda mais dos sistemas antifraude para e-commerce é a Black Friday. Durante esse período, o volume transacional é elevado e os golpistas aproveitam essa “distração” para escapar das plataformas de prevenção à fraude. 

“Além da quantidade de compras realizadas nessa época, estamos falando muitas vezes de clientes que nunca realizaram um pedido naquela loja especificamente. Então, o antifraude precisa estar preparado para distinguir o que é uma nova transação legítima e o que é um novo perfil de fraude”, explica Beatriz Lima, Lead Data Scientist da Data Rudder.

Uma pesquisa feita pela Kaspersky em 2021, mostrou que o número de fraudes online cresceu 208% durante a Black Friday. Nessa análise, a empresa detectou 40 milhões de ataques de phishing direcionados aos sites de e-commerce e às instituições bancárias. 

“O fraudador também já está se antecipando para esse período. Ele sabe exatamente quais são as fragilidades que cada loja tem, qual é o produto mais rentável para revenda e onde ele consegue usar um cartão clonado, por exemplo”, conclui Beatriz. 

Como funciona um antifraude para e-commerce?

As soluções antifraude para e-commerce funcionam a partir do cruzamento de dados e da análise do comportamento do consumidor. Antes de serem colocados em prática, os sistemas passam por um processo de treinamento do modelo, feito a partir dos dados históricos compartilhados pela empresa. 

No caso das lojas virtuais, informações sobre o valor da compra, data e hora das transações, método de pagamento utilizado e endereço de entrega são alguns dados básicos que podem ser integrados à análise. 

Para aprimorar o desempenho do modelo, é possível incluir também informações sobre os hábitos de navegação do cliente no site, detalhes sobre o dispositivo utilizado para a busca, e histórico de compra e de chargeback.

Imagem: Freepik.

Em nossa solução antifraude para e-commerce, mais de 30 algoritmos são treinados para identificar qual é o modelo ideal de acordo com as particularidades de cada negócio. Isso garante que a análise seja personalizada e ainda mais acurada. 

Também utilizamos as informações compartilhadas pela Neoway para gerar um score de risco sobre cada pedido, capaz de avaliar de 0-100% a probabilidade de fraude em uma transação. 

Com os padrões definidos, é possível ainda aplicar regras que ajudam a incrementar o motor de risco. Para isso, as próprias empresas podem criar e simular as regras em backtest, definindo com segurança qual é o seu apetite de risco para a operação. 

Depois que o sistema gera uma decisão sobre um pedido, a empresa pode identificar pelo dashboard quais foram os fatores que influenciaram no cálculo do score e na definição de aprovação, derivação ou reprovação da transação. 

Ao identificar uma atividade suspeita, as soluções antifraude para e-commerce podem bloquear a transação, solicitar verificações adicionais, ou até mesmo notificar o vendedor para realizar uma revisão manual antes de aprovar a compra. Essas medidas ajudam a garantir que apenas transações legítimas sejam concluídas e que os fraudadores não causem prejuízos.

Quais são os tipos de fraude mais comuns?

Para proteger o seu negócio das atividades criminosas, que são ainda mais frequentes durante o segundo semestre do ano, é importante mergulhar de cabeça no universo do fraudador e entender quais são as táticas mais comuns. Aqui, listamos algumas situações que costumam prejudicar as vendas online e demandar muita atenção das equipes de prevenção à fraude:

Fraude amigável

Parece até estranho juntar esses dois termos em uma frase só, mas esse é um caso comum. 

A fraude amigável acontece quando um cliente realiza uma compra legítima e, depois, contesta a cobrança, seja porque esqueceu do gasto ou porque não reconheceu a razão social da empresa na fatura. 

Ela ocorre também em situações em que o titular do cartão não tem conhecimento sobre a compra. Como, por exemplo, quando um familiar faz um pagamento sem o consentimento do indivíduo. 

Diferente do falso positivo, quando o sistema comete um erro ao classificar uma transação legítima como suspeita, a fraude amiga é mais um mal entendido entre o consumidor e a empresa, e pode ser facilmente resolvido se o caso for esclarecido entre as partes.

Imagem: Freepik.

Fraude de interceptação

A fraude de interceptação envolve o uso de cartões roubados para a conclusão da transação. O criminoso utiliza os dados da vítima, completa a compra e, em seguida, entra em contato com o atendimento ao cliente para alterar o endereço de entrega. É dessa forma que eles conseguem receber o produto antes que ele chegue ao destino original.

O principal fator de sucesso dessa estratégia é que, muitas vezes, a compra não levanta suspeitas imediatas, uma vez que as informações de pagamento fornecidas são legítimas. Nesses casos, a fraude só é identificada depois que o titular detecta a transação e relata o problema à operadora do cartão. 

Autofraude

Na autofraude, os criminosos assumem a posição de consumidores e tentam tirar vantagem dos próprios recursos de segurança e atendimento ao cliente. 

Eles efetuam a compra normalmente e depois pedem o reembolso como se nunca tivessem recebido o produto ou até mesmo feito o pedido. Muitos usam essa tática como um “modelo de negócio”, adquirindo produtos para revenda. 

Aqui no blog, já publicamos um post sobre autofraude que explica em detalhes como essa tática pode prejudicar os e-commerces, elevando as taxas de chargeback. 

Phishing

Por fim, não tem como falar sobre antifraude para e-commerce sem citar o phishing, uma das principais preocupações das áreas de prevenção de riscos. 

A tática já é uma velha conhecida dos fraudadores e vem ganhando cada vez mais atenção, já que a engenharia social tem sido a principal ferramenta dos golpistas para as fraudes no PIX

No phishing, os criminosos tentam enganar os consumidores para que eles revelem informações confidenciais, como senhas, números de cartão de crédito ou dados bancários. Eles geralmente fazem isso enviando emails, mensagens de texto ou em redes sociais. 

Normalmente, essas mensagens contam com links maliciosos que direcionam as vítimas para sites falsos, projetados para serem idênticos aos legítimos. Na Black Friday, é comum ver essa tática ser utilizada para despertar o desejo de consumo dos usuários. Afinal, quem não se interessa por uma promoção imperdível?

Segundo uma pesquisa de 2022, feita pela empresa de cibersegurança Bitdefender, 56% dos emails de spam enviados próximos da época de Black Friday eram tentativas de fraude. 

Imagem: Freepik.

Quais são os indicadores de risco no e-commerce?

Sabemos que um dos principais objetivos dos golpistas é não deixar nenhum tipo de rastro da fraude. Mas mesmo com as diferentes táticas, existem alguns sinais que podem auxiliar as empresas a avaliar a necessidade de investir em um antifraude para e-commerce. Listamos abaixo alguns indicadores importantes para analisar o risco nos pedidos digitais: 

Chargeback

Essa métrica reflete o número de solicitações de estorno decorrente das compras contestadas pelos titulares dos cartões. Para as lojas online, o chargeback pode ser um sinal claro sobre o risco de fraudes, especialmente quando ocorre em excesso.

Um alto índice de chargeback representa possíveis perdas financeiras e também pode indicar problemas mais profundos com a segurança da própria operação. Além disso, um aumento constante nas taxas de estorno pode resultar em penalidades por parte das operadoras de cartão de crédito e afetar a capacidade da empresa de processar os pagamentos online.

Uma das grandes vantagens de utilizar um sistema antifraude para e-commerce, é poder contar com recursos capazes de identificar o risco com antecedência, diminuindo a incidência de contestações sobre as transações. Utilizando nossa plataforma, nossos clientes já conseguiram reduzir em 76% o volume de chargebacks em suas operações. 

Taxa de rejeição

Além de apontar o número de transações bloqueadas por suspeitas de fraude, esse indicador também pode fornecer insights valiosos sobre as estratégias de segurança implementadas por uma empresa. 

Quando a taxa de rejeição é alta demais, isso pode indicar que o sistema de detecção de fraudes está sendo excessivamente restritivo. Ele está rejeitando não só as transações fraudulentas, mas também as legítimas. No entanto, uma taxa de rejeição muito baixa também é um motivo de preocupação. Isso pode indicar que o sistema de segurança não está sendo bom o suficiente para identificar o risco transacional

Falso positivo e falso negativo

Como falamos anteriormente, os falsos positivos representam uma ameaça direta à lucratividade das empresas, pois envolvem a rejeição injusta de pedidos legítimos. Uma falha como essa resulta em uma experiência negativa para o consumidor e em uma oportunidade de venda perdida para o e-commerce. 

Por outro lado, os falsos negativos são igualmente prejudiciais. Nesse caso, eles deixam passar despercebidos os pedidos que são realmente fraudulentos, colocando em risco não só o lucro das empresas, mas também a reputação

Reduzir a taxa de falsos positivos e falsos negativos é um dos objetivos dos mecanismos antifraude para e-commerce, já que eles realizam uma análise profunda sobre a fraude buscando uma decisão acurada sobre cada transação. 

Índice de cancelamento dos pedidos

Essa taxa pode estar associada a diversos indícios de fraude. Como mencionamos antes, a interceptação do pedido, por exemplo, pode ser um dos motivos do cancelamento. Quando a vítima percebe que o criminoso utilizou seus dados para efetuar uma compra, ela pode solicitar que o pedido seja suspenso. 

Além disso, problemas no processamento dos pagamentos também podem indicar suspeitas de fraude nas transações. Cruzar dados relacionados a esse indicador com outras métricas de risco, como a taxa de chargeback e a análise de comportamento do cliente, ajuda a trazer mais clareza sobre as situações

Custo por revisão

Este indicador permite quantificar os gastos associados às revisões, principalmente quando a transação é encaminhada para a mesa manual. 

A partir desse custo, as empresas podem observar se as ferramentas de prevenção atuais são eficientes para realizar a revisão automaticamente, nas primeiras etapas de avaliação, ou se demandam a atenção de uma equipe de profissionais dedicada à análise. 

O ideal é que o sistema antifraude para e-commerce consiga identificar o risco antes de ser necessário uma revisão manual, oferecendo um custo x benefício melhor para as empresas, além de uma agilidade maior para as decisões. Através da nossa plataforma, nossos clientes reduziram em 42% o envio de transações para a mesa de revisão manual.

Em seguida, explicamos melhor como esses processos se diferenciam e se complementam. 

Imagem: Freepik.

Revisão manual x revisão automática

As revisões manuais e automáticas são dois processos fundamentais na detecção das fraudes e na prevenção do risco transacional em vendas digitais. 

A revisão automática é realizada por algoritmos avançados e técnicas de aprendizado de máquina, como o que as empresas encontram no nosso antifraude para e-commerce. Os sistemas automatizam a análise dos pedidos, examinando detalhadamente os fatores que podem indicar a atividade fraudulenta na transação. Ela funciona como a primeira barreira para determinar se a operação é legítima ou não. 

Quando essa etapa não consegue determinar ao certo a validade da transação, ela encaminha o pedido para a derivação, ou seja, a revisão manual. Esse processo é complementar e envolve uma equipe de especialistas em prevenção à fraude, que conduzem uma análise personalizada e detalhada dos pedidos.

Apesar da revisão manual trazer insights minuciosos sobre a transação e oferecer uma visão humana sobre o caso, ela demanda tempo e exige um custo operacional alto para as empresas. E quando falamos em Black Friday, tempo é dinheiro e gastos como esse não são muito bem-vindos.

A melhor estratégia para lidar com esses desafios é reduzir a quantidade de transações que precisam passar pela revisão manual, deixando esse processo apenas para os casos de extrema necessidade. Para isso, entram em ação os recursos do antifraude, impedindo com eficiência a ação criminosa logo na primeira análise. 

Para potencializar esses resultados, principalmente nessa temporada de vendas, é importante reforçar a proteção antifraude para a Black Friday, combinando diferentes soluções na sua operação de prevenção à fraude. No blog, já publicamos um conteúdo sobre esse assunto. Vale a pena dar uma conferida.

Como escolher o melhor antifraude para e-commerce

Como qualquer decisão que envolva a sua empresa, escolher o melhor antifraude para e-commerce é uma decisão estratégica que requer uma análise criteriosa sobre as particularidades do seu negócio. 

Para tomar essa decisão, é fundamental considerar fatores como a agilidade do sistema, os recursos da plataforma, a visibilidade dos dados e a segurança das informações. Para te ajudar a conhecer mais sobre a nossa solução ofertada em parceria com a Neoway, aqui vão alguns detalhes importantes sobre o nosso antifraude:

Tempo de resposta. Nossa plataforma é capaz de analisar os fatores de risco e gerar decisões em apenas 80 milésimos de segundo. 

Risk Scoring. Como comentamos no início do texto, combinamos dados históricos e informações de mercado fornecidas pela Neoway para gerar uma pontuação de risco sobre cada transação.

Regras parametrizáveis. As empresas podem simular suas estratégias em backtest, observando como as regras impactam nas decisões e no apetite de risco da operação. 

Granularidade de dados. O nível de detalhamento e explicação dos resultados ajuda a identificar quais foram os fatores que impactaram no cálculo do score. 

Dashboard intuitivo. Todas as informações estão disponíveis em uma interface user-friendly e acessível para profissionais de diferentes áreas. O usuário tem total autonomia para editar suas estratégias, sem precisar de uma equipe de técnicos dedicada à plataforma. 

Imagem: Freepik.

Proteção redobrada para a Black Friday 2023

Não tem jeito: a Black Friday é uma data decisiva para a lucratividade dos e-commerces. E problemas com fraude não podem atrapalhar esse período. Por isso, é preciso ir além nas estratégias de segurança e buscar formas de reforçar seus sistemas atuais

Para te ajudar a impedir a ação dos golpistas nessa data, nos juntamos à Neoway para oferecer condições especiais no trial da nossa plataforma antifraude para e-commerce. Aproveite para testar novos recursos de prevenção à fraude em uma das épocas com maior volume transacional do ano. 

Coloque nossa solução à prova e use as nossas features para complementar seus sistemas e avaliar o desempenho do seu antifraude atual. A integração é feita via API e leva apenas quatro semanas. Para saber mais sobre essa oportunidade, fale com o nosso time

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